sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Elaine - Última Hora - 1983



Criada pelo cartunista Pazelli e publicada no Última Hora do Rio de Janeiro a partir de 1983, Elaine contava as histórias de uma garotinha e seu universo familiar e se aproveitava da ingenuidade infantil para fazer humor.

Pazelli é conhecido por ter sido aluno de Jorge Guidacci e, apesar do desenho ainda imaturo, conseguia passar bem o seu recado.

Elaine foi publicada também no Jornal do Brasil em 1984, no seu Caderninho B.




quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Frederico e Fellini - Diário do Sul - 1988


Personagens criados pelo cartunista gaúcho Iotti (Carlos Henrique Iotti)Frederico e Fellini são um menino e seu gato vivendo divertidas aventuras. Na verdade Frederico é sobrinho do Radicci, personagem icônico de Iotti, que devido ao seu sucesso, acabou ganhando série própria.

A dupla saiu em livro no ano de 1989 pela editora Sulina com o nome do gato grafado "Felini".

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Macanudo Taurino - Diário do Sul - 1988


Criado ainda nos anos 1970 para os jornais gaúchos, Macanudo Taurino é um personagem emblemático do cartunista Santiago e acompanha o autor por praticamente toda a sua carreira.

Típico morador rural dos pampas, Macanudo convive e sofre com todo o tipo de modernidade, revelando a sua estranheza com as diferenças entre a vida rural e a vida na metrópole. Criticando com bom humor os costumes e a política, Taurino foi distribuído para todo o Brasil pela Agência Funarte.

Teve vários livros publicados pelas editoras Mercado Aberto e L&PM.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Dr. Baixada - Jornal do Brasil - 1983



Feroz crítica à nossa violência cotidiana, Dr. Baixada era um justiceiro que resolvia qualquer problema a bala.

O cartunista Luscar criou o Dr. Baixada em 1980, na época do Mão Branca e do Esquadrão da Morte que atuava na Baixada Fluminense. Capa preta, chapéu e arma na mão, esse é o Dr. Baixada, sempre atuando — ou no assaltante ou na vítima. A ordem é apagar, fazer o serviço, sem perguntas e sem que ele próprio saiba a quem serve. O mais impressionante é que o Dr. Baixada, matando indiscriminadamente, acredita estar fazendo o bem. O personagem foi criado inicialmente para a revista Mad (da editora Vecchi), da qual saiu para a página de quadrinhos do “Caderno B” do “Jornal do Brasil.

Participavam da série, além da fauna noturna de nossas grandes cidades, dois meninos de rua cuja principal preocupação era sobreviver por mais um dia.

Dr. Baixada foi publicado em livro pela editora Circo, teve revista própria pela editora Hamasaki e saiu também na revista X-Nóia (editora Escala, 2000).






segunda-feira, 24 de novembro de 2014

As Cobras - Jornal do Brasil - 1982



As Cobras, de Luís Fernando Veríssimo, foram criadas em 1975 para o jornal Zero Hora de Porto Alegre. A partir de 1977 foram transferidas para o Jornal do Brasil, onde seguiram longa carreira.

Com um traço caligráfico, As Cobras faziam sua crônica do cotidiano brasileiro comentando aspectos políticos e sociais por mais de duas décadas.

Com o acúmulo de atividades do autor, deixaram de ser publicadas em 1999.

Saíram em livro pelas editoras Codecri, Milha, L&PM, Salamandra e Objetiva.




sábado, 22 de novembro de 2014

Camarillo Brillo - Folha de São Paulo - 1985



Camarillo Brillo foi mais um dos vencedores do 1º Concurso de Desenho da Folha, promovido pelo jornal em 1985.

Proposto pelo cartunista Milton Trajano (Milton Trajano Silveira), segundo o autor, seu personagem é "alguém que deseja desmascarar as pessoas que falam futilidades em tom sério. Menos hipócrita ou ingênuo, Brillo vai direto às futilidades, em tom pouco sério. Coisas como: mais vale um elogio falso do que duas críticas construtivas, ou, se a montanha não vem a Camarillo, paciência".




sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Vereda Tropical - Jornal do Brasil - 1983



Vereda Tropical, do cartunista Nani (Ernani Diniz Lucas), estreou na revista O Bicho em 1975. A partir do início dos anos 1980 passou a ser publicado diariamente no formato tira no Jornal do Brasil, com a reformulação da página de quadrinhos do jornal.

Tendo como pano de fundo uma aldeia indígena na época do Brasil Colônia fazia uma dura, mas divertida, crítica política e de costumes aos tempos atuais. 

Foi publicado também em diversos outros jornais do país com distribuição da Agência Funarte.

Saiu em livro pela editora Record em 1984.



quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Alfredinho Canibal - Folha de São Paulo - 1985



Surgido no 1º Concurso de Desenho da Folha, Alfredinho Canibal é fruto da imaginação de Flávio del Carlo e Ignatz (Ignacio Zatz).

Segundo os autores ele é "um paulistano que oscila entre a grosseria e a sensibilidade, que fala alto as maiores bobagens e que se dedica à filosofia de botequim".




quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Avis Rara - Jornal do Brasil - 1983



Avis Rara de Bruno Liberati fez parte da leva de tiras pertencente à renovação da página de quadrinhos do Jornal do Brasil no início dos anos 1980.

Contava em tom sarcástico e com um traço bastante lírico as aventuras de uma ave exótica e outros animais que contracenavam com ela.




terça-feira, 18 de novembro de 2014

Rard - Folha de São Paulo - 1988



Arquiteto, ilustrador e designer, Celso Singo (Celso Singo Aramaki) foi vencedor em um concurso para novos talentos promovido pela Folha de São Paulo em 1987 com a tira Rard. A obra começou a ser publicada periodicamente no ano seguinte.

Com um desenho geométrico e abusando das retículas, Rard foi a perfeita tradução do estilo New Wave vigente durante os anos 1980, com seus paletós de ombreira e os óculos escuros estilo soldador.

Rard foi publicada em livro pela editora Cedibra.




segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Pink Frog - Jornal do Brasil - 1984

Pink Frog foi a primeira série criada pela dupla de cartunistas Humberto (Luiz Humberto Monteiro Pereira) e Marcello (Marcello Monteiro). Estreou em 1984 no Jornal do Brasil.

Apesar do nome, um óbvio trocadilho com a banda de rock Pink Floyd, a série não trata de música. Conta as aventuras de um sapo desaforado e vários personagens que giram ao seu redor.

A tira foi veiculada até 1985, quando acabou.


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Fábrica Faglianostra - O Globo - 1986


Fábrica Faglianostra estreou n'O Globo em primeiro de setembro de 1986, criada pelos cartunistas Humberto (Luiz Humberto Monteiro Pereira) e Marcello (Marcello Monteiro), foi vencedora em concurso promovido pelo jornal.

Girando em torno de um industrial inescrupuloso, seus familiares e os empregados da fábrica, a série criticava duramente o mundo corporativo e suas mazelas.

A tira foi publicada também no jornal paulistano Diário Popular até meados dos anos 1990.
 
Agradecimentos ao amigo Marcello Monteiro.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Programação Normal - O Globo - 1986


Programação Normal. Série de tiras criada pelo cartunista Lor para o jornal O Globo em 1986 e que comentava o universo da TV e seus espectadores. A tira foi a grande vencedora em um concurso promovido pelo jornal nesse mesmo ano.




Sobre a série, em julho de 1986 O Globo publicou: "Telinho nasceu em Belo Horizonte, mas podia estar vivendo seus 9 anos em quase todas as famílias do Pais — desde que em torno delas exista um aparelho de TV ligado. Ou família, como supõe Estálio Junior, não é “um grupo de pessoas que usam a mesma televisão''? As tensas, inquietas ou amistosas relações com seu maior vício serão registradas na tira “Programação normal” e pretendem traduzir, como explica Lor, o cotidiano das crianças enquanto o pai está no trabalho e a mãe ocupada:

A TV não aparece como uma figura diabólica na vida do Telinho: afinal eu mesmo vivi o deslumbramento que foi a chegada da televisão nas nossas casas. Tenho três filhas — Ana, de 9 anos; Maria Helena, de 7; e Luíza, de 5 — e todas são vidradas em TV. É claro que tem muita coisa incrível nessa relação com o vídeo. Para muitos meninos e meninas, a televisão é sua literatura, mas não deixo de observar certos aspectos negativos em toda essa história, como a passividade a que a criança é submetida, com uma programação dita normal, ou com a violência do comportamento dos heróis da TV.

A TV aparece ligada ou desligada. Telinho assiste, intriga-se e reflete. E a TV pensa e conversa com o amigo. O desenhista vai abordar, entre outras, questões ligadas a sexo, política, consumo e super-heróis. Esse vai ser o segundo trabalho de Lor dirigido especificamente a crianças. O primeiro foi o livro 'Urso Fiote', feito em conjunto com as três filhas e editado ano passado.

Com o Telinho, estou desenhando a mim mesmo e reaprendendo a me ver, através dos olhos de minhas filhas.

Lor passou a infância no interior de Minas e, no final dos anos 60, investiu projetos e juventude nos movimentos estudantis. É um estudante de 68, aliás, o personagem de seu primeiro livro de quadrinhos, “Retrato falado”, publicado em 79. Só depois de transformar parte do que viveu em história, é que ele admite ter 'renascido com olhos críticos' e, em 83, inicia sua trajetória de desenhista e cartunista sem engajamento partidário ou político. Atualmente, Lor publica sua tira 'Now sem rumo' — para adultos — em cinco diários do País".

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Esquininha - Notícias Populares - 1984



A tira Esquininha contava as aventuras e desventuras de um apontador do jogo do bicho e toda a fauna que girava ao seu redor: o aposentado, o malandro, o garoto entregador de jornais e a moça bonitona que faz sucesso na comunidade.

Publicada a partir de janeiro de 1984 no jornal Notícias Populares de São Paulo, era assinada por Juaffer - Gutor / Gibar (Juarez Corrêa e Guto Franco) e levava o copyright da Vizor Produções.




Sobre Juarez Corrêa (1954-2022): Nascido em São Paulo, em 1º de junho de 1954, filho de Alfredo Corrêa da Silva e Dinah Martins Corrêa da Silva, Juarez Corrêa da Silva se mudou com a família para Belo Horizonte com apenas alguns dias de vida e acabou sendo registrado na capital das Minas Gerais. “Sou paulista de fato e mineiro de direito”, lembrou ele em entrevista de 2018 concedida ao Diário do Grande ABC, do qual foi o primeiro chargista. "Começou aos 15 anos, na extinta Folha de São Bernardo e logo foi deixando sua marcante característica na TV Tupi com ilustrações para os programas da emissora. No jornal extinto Notícias Populares estreou com o personagem Esquininha em parceria com Guto Franco, em tiras. No Diário do Grande ABC ilustrou o Suplemento Infantil, Diarinho e conquistou espaço cativo nas páginas de esportes, polícia, política e cidades.

Trabalhou também na Gazeta Esportiva e no site Olé.

Seus personagens ganham ruas e arquibancadas com os símbolos do Esporte Clube Santo André, o Ramalhão e o Tigre, mascote do São Bernardo Futebol Clube. Atualmente, Juarez é chargista do jornal ABC Repórter e ilustrador da Secretaria de Comunicação da Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo".

Juarez no Diarinho em 1982 e no livro Mascotes do Futebol Brasileiro (editora MHW - 2006).


Sobre Guto Franco sabemos: "Paulo Augusto Franco, mais conhecido como Guto Franco (São João Del Rei, 20 de novembro de 1959), é um ator, escritor, diretor e compositor brasileiro. É autor do livro O Barbeiro De Valladolid.

Filho de Moacyr Franco, perdeu a mãe ainda criança em 1966. Começou a atuar na televisão desde pequeno nos programas comandados pelo pai na TV Excelsior, TV Rio, TV Tupi. Também passou pela TV Globo, TV Bandeirantes e SBT. Na novela O Grito, escrita por Jorge Andrade e exibida pela Globo em 1975, interpretou o personagem, Guilherme. Outro personagem marcante de Guto foi a Dona Guajarina de A Praça é Nossa. Guto passou pelo Chico Anysio Show como um dos redatores. Foi diretor do humorístico Meu Cunhado, estrelado por Moacyr Franco e Ronald Golias e do 'Ô, Coitado!", estrelado por Gorete Milagres e Moacyr Franco. Foi um dos roteiristas do filme Didi, O Caçador de Tesouros. Foi também diretor e redator final de A Turma do Didi e Aventuras do Didi".

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Presidente Reis - O Estado de São Paulo - 1986



Em 1986, com a estreia do Caderno 2, o novo caderno de cultura do jornal O Estado de São Paulo, estreava também o Presidente Reis, de Luiz Gê.

Um poeta tão inspirado e genial que acabava sendo eleito presidente da república. Esse era o mote da série.

Em tom de brincadeira, o autor diz que a tira foi uma premonição em relação à eleição de José Sarney para a Academia Brasileira de Letras, em virtude de sua obra poética...

A interrupção da série se deu pelo descontentamento de Luiz Gê devido à diminuição do tamanho da tira em relação à página do jornal.

Presidente Reis foi publicada também na revista Circo.