quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Dr. Fraud - Patota - 1972



Renato Canini criou para a revista Patota (editora Artenova) em 1972, o personagem do Dr. Fraud. Com um óbvio trocadilho em relação ao nome do pai da psicanálise, Sigmund Freud, Dr. Fraud era evidentemente um charlatão e recebia em seu divã toda espécie de objetos inanimados, personagens de ficção e pacientes em geral, que recebiam sua completa atenção, mas provavelmente, nenhuma ajuda. O personagem antecipou em alguns anos o Analista de Bagé, de Luís Fernando Veríssimo.

A revista Patota, da editora Artenova, era uma coletânea de quadrinhos editada por Álvaro Pacheco, com o melhor dos quadrinhos internacionais na época (1972). Foi a primeira revista brasileira inteiramente dedicada às histórias em quadrinhos inteligentes, destinadas ao público adulto e juvenil. Sua duração foi de 27 exemplares durante três anos de revista. O objetivo da coletânea era reunir quadrinhos que satirizassem a loucura do mundo moderno. "A Patota se propõe, assim, a divertir e a fazer pensar os seus leitores, através da agudeza e do fino humor da melhor coleção de personagens e histórias em quadrinhos do gênero já reunidos em uma só revista no mundo inteiro" (revista Patota, n.1 ano 1, 1972); Snoopy, Charlie Brown, Hagar, o horrível, Pogo, Kid, Farofa e Mafalda eram algumas das tirinhas publicadas.

Dr. Fraud foi publicado também na revista independente Historieta, de Oscar Kern (Oscar Christiano Kern 1935 - 2008) e em livro pela editora Sagra em 1991.




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